Como a expectativa de vida do brasileiro aumentou, hoje nos deparamos com alguns cuidados especiais relacionados ao envelhecimento.
Quando falamos de hormônios da tireóide, além da idade, temos que levar em conta a região onde o paciente mora, porque a suficiência ou não do iodo na área (a ANVISA vem diminuindo o teor de iodo no sal), a proximidade com o mar, a quantidade de sal ingerido pelo idoso (devido a patologias como a hipertensão), podem interferir na maneira como tratar.
Quando fazemos exames para avaliar a tireóide do idoso, temos de usar tabelas especiais, porque acima dos 65 anos os valores mudam e o início do tratamento deve ser avaliado de forma especial para evitar complicações.
Precisamos levar em consideração os remédios que o paciente está usando, e se esta acamado. Fatores que interferem de maneira importante no funcionamento da tireóide.
O quadro clínico do hipotireoidismo no idoso é frequentemente confundido com outras doenças concomitantes. Portanto, o tratamento pode não apresentar melhora do quadro, principalmente em relação ao déficit cognitivo, percepção auditiva e visual. E, principalmente, com relação a hipertensão arterial e função cardíaca.
A decisão de introduzir levotiroxina deve ser particularmente cuidadosa em idosos, iniciando com doses baixas e progredindo lentamente. Mas sempre lembrando que as metas são diferentes.
Como fator importante no bom controle do hipotireoidismo do idoso, estão: a maneira correta de tomar o medicamento e a regularidade e os exames freqüentes para controles. No Brasil, as evidências mostram que 41% dos idosos estão tratados de forma inadequada, com risco de desenvolverem complicações.