- Ainda não apresenta um tratamento curativo.
- Porém, muitas descobertas na ultima década trouxeram qualidade de vida aos pacientes com esse diagnóstico.
- Sabemos que a doença ocorre em decorrência da falência na produção de insulina, hormônio produzido pelas células beta do pâncreas. Porém o problema começa muito antes, quando os sinais de resistência a insulina aparecem.
- Hoje sabemos que quanto mais cedo começarmos os controles de glicemia, melhor será a evolução e os efeitos colaterais serão postergados.
- Diabetes Mellitus significa a presença de açúcar no sangue e na urina.
- O diagnóstico deriva de uma glicemia de jejum maior que 125 mg/dl ou uma HGB maior que 6,5 % ou o teste de tolerância a glicose de duas horas maior que 200 mg/dl.
- Esse é o histórico do DIABETES MELLITUS TIPO II, de origem hereditária, que costuma aparecer em pessoas com mais de 40 anos, geralmente acima do peso e com uma carga de stress físico, alimentar e psicológico.
- Com a mudança de rotinas alimentares aliado ao sedentarismo, esse diagnóstico esta aparecendo cada vez mais cedo.
- Com as novas descobertas sobre a fisiopatologia da doença e os novos medicamentos, estamos fazendo uma avaliação cada vez mais precoce da predisposição, evitando que os efeitos colaterais apareçam precocemente.
- Existem outros tipos de Diabetes. O Diabetes Mellitus Tipo I, que se desenvolve em crianças desde o nascimento até a fase adulta, cuja origem – em geral – é auto imune, com total parada da produção da insulina, levando o paciente a necessidade do uso da mesma a cada refeição, para o resto da vida.
- Nesse caso, a doença tem uma característica mais difícil de controle e envolve toda a família, porém as novas descobertas de medicamentos, aparelhos de aplicação de insulina e monitorização das glicemias sem picadas múltiplas facilitaram muito a vida desses pacientes.
- Outro tipo é o DIABETES GESTACIONAL, que vai aparecer durante a gravidez, podendo ser controlado apenas com uma dieta mais rígida em restrições de carboidratos ou usando a insulina para controles, porque durante a gestação não podemos introduzir medicamentos via oral.
- Nessa fase, a principal preocupação é o desenvolvimento do feto, pois podemos ter desde um aborto, má formação do feto ou hipoglicemia grave na hora do parto. Bebês que nascem com mais de 4 kg geralmente são resultados de mães com glicemias não controladas durante a gestação.
- Dos 20 aos 40 anos estamos livres da doença? Infelizmente não, porque há um tipo de Diabetes chamado MODY, geralmente de origem familiar, com uma característica de difícil controle, e em que o uso da insulina, em geral, se faz necessário.
- A Diabetes é uma doença crônica que atinge 14 milhões de pessoas no Brasil e de acordo com a International Diabetes Federetion (IDF) um em cada 11 adultos possui diabetes (idf.org).
- A doença pode ser silenciosa e evolutiva, tendo como principal característica uma lesão vascular sistêmica, ou seja, compromete “todos os vasos do corpo”. Muitas vezes eu ouço dos pacientes: ”enfartei e fiquei diabético”. Na verdade o infarto ocorreu porque não houve controle adequado ou aceitação da doença.
- Devemos fazer nossos exames regularmente e, havendo alterações no sangue, começar o tratamento – sem vitimização ou buscas de tratamentos alternativos – pois se conseguirmos manter os cuidados alimentares e medicamentosos adequados, os riscos de doenças cardiovasculares será reduzido.
- Hoje o diabético pode ter uma vida normal com alimentação adequada e exercícios regulares.